GALODEPENDÊNCIA

colunarobertolopes2Eu tenho, tu tens, ele tem. Nós temos, vós tendes, eles têm.

O torcedor do Galo está dependente. Psicologicamente afetado pela campanha do time. Quimicamente viciado na adrenalina dos jogos.

Para muitos de nós, nunca houve ano tão feliz. Todos aqueles que não viram Reinaldo, Cerezo, Éder e Luisinho jogarem, não viram nada parecido com o que é o Galo de hoje. Eu vi e o vício nunca mais passou. Nas épocas de vacas magras, vivi, qual bebum meio recuperado, um dia de cada vez. Hoje, alguns dias sem vitória dão tremedeira.

Agora, o quadro mudou de vez. Ronaldinho Gaúcho, em carne e osso, declarou que nunca foi feliz como está sendo aqui. Parece pouco? Soa como mentira para ouvidos calejados pela zoação de adversários? Pois eu garanto que representa muito, e é verdade.

É verdade porque está na cara de qualquer um que queira enxergar. Vejam os melhores momentos do jogo com a Ponte. Reparem na festa que Ronaldinho faz para Danilinho no primeiro gol. Notem como ele ficou contrariado com o empate, não deu entrevista protocolar, não falou de 3 pontos, nada disso. Foi seco: – “vacilamos”. Estava pê da vida. Você fica pê da vida com algo que não lhe importa?

Lembrem-se da comemoração longa, depois da arrancada fenomenal que as marias nunca mais vão esquecer. Ronaldinho ciscou no gramado. Ele está feliz.

E os efeitos disso? Pense no Bernard ouvindo o cara, que ele colocava no time do Playstation, dizendo que jogar no Galo é o melhor que está tendo. Pensou? Agora vá além, pense no menino-craque que está surgindo na base de qualquer outro time do Brasil, ouvindo isso. Não é óbvio que qualquer um que ouça vai se perguntar “por quê”?

Por quê um craque, um monstro da bola, com a história que ele tem, com as conquistas que tem, diria isso? E a resposta é o time sim, e é o momento dele também, mas é, ao mesmo tempo, a estrutura, a seriedade da administração e a força da torcida, que não tem igual.

Não vamos nos deixar abater pelo empate com a Ponte. Isso acontece, infelizmente. Vamos curtir o momento e apoiar o time, porque não há nada mais ATLETICANO a se fazer. Se você está vivendo isso pela primeira vez, deixe-se levar e esqueça sua corneta em casa.

É por isso que eu tenho, você tem, todos temos e, agora, Ronaldinho também tem Galodependência.

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MINHA AVENTURA “HOLLYWOODIANA” NA FINAL

Texto escrito pelo atleticano Marco Aurélio GV.

quandoamassafala...

Chegou o dia mais esperado por todos torcedores do Galo: o dia da grande final da Copa Libertadores da América! A quarta-feira, 24 de julho de 2013 foi tensa para todo atleticano que se preza. Antes, na sexta-feira anterior, eu levei o Michel, meu filho, para passar a noite na fila a fim de comprar o ingresso para o jogo que seria no Mineirão. Esse estádio que eu tanto temia… Pelo visto, o sacrifício dele valeu a pena.

Agora começa o meu drama – com final feliz, claro – particular. A Regina teve a brilhante ideia (surgida depois da derrota fora de casa contra o dito Olimpia) de irmos ao cinema na hora do jogo. Dessa vez, queria ficar longe dos gritos alheios, do ambiente tenso que pairava na cidade e, enfim, estava mesmo fugindo do pau. Relembrando a música: “Eu não nasci pra sofrer!”. Meu pensamento egoístico era um só: “Se ganharmos, ótimo, mas se perder, eu não sofro tanto, como já sofri tantas vezes com esse time…”.

E assim fizemos. Deixei meu escaravelho em lugar nobre e, por volta de 8 e pouco da noite fomos fazer compras no BH Shopping. Quando lá chegamos, obviamente, tratamos logo de comprar ingressos para a sessão das 10 da noite – hora em que o jogo iria começar – e “partiu compras!”. Para piorar, o filme era do Super-Homem e dublado! Quer martírio maior? Mas, não tinha outro filme para o horário e tive de me contentar.

Antes da sessão de cinema, é evidente que desliguei o celular. Não queria saber de nada vindo de fora (do Marcelo, meu irmão, do Evandro, meu amigo ou de um dos dois filhos que sempre me enviavam mensagens por celular quando o Galo metia gol ou para lamuriar) e então tentei me concentrar no péssimo filme, se é que consegui. Fim do filme.

Pouco mais de meia-noite. Religo o celular na esperança de encontrar notícia boa. Nada. Nenhuma mísera mensagem seja positiva ou negativa! Meu pessimismo vem à tona: era sinal claro de que o Galo tinha perdido. Voltei-me para a Regina, ainda na saída da sala e praguejei redundantemente: “Sabia que aquela praga de time iria perder naquela praga de estádio! Sabia!”. O silêncio no meu telefone era sintomático. Cabisbaixo, fomos até os boxes de pagamento do estacionamento, em frente ao Carrefour e lá vi que um cara que ouvia seu rádio. Morrendo de medo, ousei perguntar-lhe: “Quanto ficou o jogo?”. Ele, então me respondeu: “Tá na prorrogação!” Não acreditei no que ouvia, era muito para meu coração abalado! Optei por ver um filme para fugir do jogo e ainda estava na prorrogação? Pelo menos, aquilo significava que o Galo tinha vencido o jogo pelo placar necessário, comentei com a patroa. Já era um alento. Pegamos o carro e direto para casa.

E essa volta para casa? Que via sacra! Que tormento, martírio, sufoco, expectativa, enfim, nem Hitchcock poderia pensar num roteiro assim! Como meu carro não tinha rádio, enquanto descia a BR, rumo ao Sion, onde moro, fiquei com a janela bem aberta, atento aos foguetes e sons de euforia. Subimos a rua Patagônia e vimos uns meninos gritando. Regina disse que eram cruzeirenses comemorando a derrota. Para minha própria surpresa, um desconhecido otimismo me fez rebater a suspeita dela e disse que eram atleticanos. Ficamos na dúvida e tocamos para frente. Nunca a rua Patagônia foi tão longa assim! O que estaria acontecendo durante aquele meio tempo? Chegamos na Praça Alaska e peguei a Bandeirantes, não sem antes entrar no posto, onde um bando de gente assistia às cobranças de penalidades! O silêncio ali era perturbador. Estamos perdendo, só pode… Confirmei com um cara se era pênalti mesmo e ele confirmou, com cara de desconfiado. Isto refreou meu tênue otimismo. Saí do posto. Fiquei mudo. Não podia acreditar que iríamos perder de novo um título nos pênaltes. E eu que queria evitar o sofrimento, não consegui. Desci a Bandeirantes, peguei a avenida Uruguai, onde moro. O silêncio na avenida continuava pesado, lúgubre até…

Já estava me conformando com o pior quando entrei na garagem do meu prédio. Ouvi um grito: “Chupa, Galo!”. Um safado de um Maria por certo comemorava nossa derrota. Para não fugir à regra, falei para a Regina: “Perdemos!”.Pegamos o elevador… Um grito vindo de fora! Outro grito! Outro! Chega rápido, sexto andar! Chega logo! Nem quis saber de segurar a porta para a esposa, como sempre faço, fui logo entrando em casa e ligando a TV.

Não é que Hollywood resolveu me usar de novo? Na horinha exata que eu liguei a TV, a bola beijava a forquilha do travessão de Victor! É CAMPEÃO! É CAMPEÃO!!!! Surge na tela da TV o símbolo do meu time amado: “CLUBE ATLÉTICO MINEIRO – CAMPEÃO DA TAÇA LIBERTADORES 2013” .

Tinha que ser comigo! Tinha que ser! Nem se eu cronometrasse, mas os deuses quiseram que eu chegasse em casa EXATAMENTE na hora da bola bater na trave e o Victor correr para o abraço final!

O abraço que nos tirou o peso da derrota eterna, da humilhação constante e da chacota interminável! Passamos para a outra margem do rio! Cruzamos o mar sem morrer!

FINALMENTE, ADENTRAMOS O CLUBE DOS VITORIOSOS, de onde nunca mais vamos sair!

Invoquei o Márcio, meu irmão, a mamãe que sempre torceu como nós para o clube amado dela, meus tios atleticanos, o querido Fábio Fonseca e, enfim, saudei e agradeci aos Céus pela vitória mais hollywoodiana que um time do planeta já teve! Tinha que ser com o MEU TIME! Mas foi e agora respiro aliviado porque, como disse, 2013 foi o divisor de águas: o primeiro ano do resto de nossas atleticanas vidas!

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2013, O ANO EM QUE NOS LIVRAMOS DE TODAS AS ZICAS

colunarobertolopes2Como diria o filósofo: Autoriza o árbitro Patrício Polic, Riascos parte para a bola, ele vai com o pé direito, bateu…

E tome reticências.

Parou tudo. Nem o Super-Homem faria o mundo voltar a girar imediatamente. Se a Lois Lane tivesse morrido na hora do pênalti, estaria frita.

Parecia roteiro de cinema, caro amigo atleticano: o ano começou marcado pelo 13, o que nos fez apelidar esses mágicos 365 dias de “Dois Mil e Galo”. Ora, se para atleticano que se preze, até dia 13 é de se comemorar, e a hora de 13:13 é sempre motivo de alegria, o que dizer de um ano que é o primeiro treze de um milênio novo?

Pois é: Dois Mil e Galo começou com o torcedor cheio de esperança, acreditando que até os astros estavam conspirando para que as coisas começassem a mudar PRA VALER, com títulos, sem bater na trave, como foi em 2012. Aliás, não ouvi de ninguém, mas tenho certeza de que, quando o mundo não terminou em 21/12/2012, teve atleticano virando a folhinha, mirando o 13 e pensando: agora, vai!

A quantidade de vezes em que o 13 se repetiu neste ano (além do número do ano em si) é incrível. O Galo começou sua caminhada na Libertadores num dia 13, e chegou a uma final marcada para uma data em que os dígitos somavam 13. Um novo Papa foi escolhido: “Papa Francisco”, com treze letras, como tinha que ser. Há um monte de outras pequenas coincidências – para quem é mais pragmático – ou sinais – para os esotéricos: o Galo seria – e foi – o décimo-terceiro clube brasileiro numa final de Libertadores, assim como Cuca foi o décimo-terceiro técnico brasileiro a ser campeão. O juiz que apitou o primeiro jogo da final era – adivinhem? – o décimo-terceiro árbitro argentino a apitar uma final de Libertadores. Tem mais um monte de 13 escondidos por aí, é só procurar.

VINHODOROBERTOLOPESO meu registro particular aconteceu no final de semana que ficou ensanduichado entre a quase tragédia do Paraguai e a redenção do Mineirão: estava com minha mulher e um casal de grandes amigos atleticanos em um restaurante e pedi um vinho da adega, sem nunca tê-lo experimentado e sem ter informação nenhuma sobre ele, exceto pelo conselho do sommelier. Quando chegou o vinho, a garrafa era numerada, e o número da minha garrafa era 1365. Não bastasse começar com 13, 65 também é múltiplo de 13, e 1365 é igual a 105 vezes 13. Cento e cinco anos de Galo, vezes Galo. Foi demais para mim, e eu soltei um palavrão para o sommelier que, incrédulo, diante da minha explicação matematicamente atleticana, tomou a garrafa da minha mão, olhou o número, e disse: – Caramba, não acredito! Vai, Galo! Essa é nossa!

Ele me devolveu a garrafa com o cuidado de quem carrega um bebê de 10 dias, e eu a guardei até o dia da final, com rolha e tudo. A foto está aí do lado.

Agora, ao que interessa: neste ano em que tudo é 13, e 13 é Galo, nosso roteiro escrito lá de cima – tenho dúvidas se por Roberto Drummond ou por Hitchcock, que eu suspeito que seja atleticano – estava montado para fazer uma drenagem linfática na alma calejada do torcedor do Galo, lembrando-o de como é acreditar sempre, saber, do fundo da alma, que vai dar certo.

Começamos a Libertadores contra o clube brasileiro que mais vezes venceu o torneio. Tinham tradição, nós não. Atropelamos, com um lance de gênio de R10, que deveria passar a se auto-numerar R13.

Registramos a maior goleada de um time brasileiro em terras argentinas, e consagramos de vez Bernard, que foi à seleção e não saiu mais. Saiu do Galo, mas o Galo não saiu dele, um dia volta.

Vencemos a altitude criminosa da Bolívia. Com Serginho em campo, dando o passe para o gol da vitória. Só isso já era estranho o suficiente para fazer o atleticano desconfiar de que algo estava mesmo diferente.

Nas oitavas de final, quis o destino que o São Paulo cruzasse outra vez nosso caminho, e a imprensa não se acanhou em apresentar prognósticos que tiraram o sono dos atleticanos: iríamos ficar por ali mesmo. Só que não. Duas vitórias, uma de virada e uma de lavada, e a tradição deu lugar à competência.

Fomos ao México jogar num campo de brinquedo e conseguimos um empate em 2 a 2, no último lance do jogo, depois de estarmos perdendo por 2 a 0. Ali, algo começava a mudar definitivamente: num daqueles momentos em que tudo dava errado antes de Dois Mil e Galo, a bola, ao invés de bater na trave e ir para fora, entrou. Não apareceu um zagueiro para tirar. O juiz não marcou falta ou perigo de gol. Aos 46 do segundo tempo. Será?

No Horto, achamos que era só esperar passar os 90 minutos, mas nosso roteiro estava num daqueles momentos cruciais. Que São Paulo, que nada, o Tijuana é que era o Jason e tentou ressuscitar aos 46 do segundo tempo, com um pênalti que teve o peso de décadas de má sorte. Eu não acreditei, acho que ninguém entendeu direito quando o juiz saiu correndo apontando para a marca da cal. Muita gente foi embora, como que fugindo de todo um passado de frustrações e “quases”. Só que não. A canhota salvadora do nosso goleiraço Victor foi a machadada que cortou a cabeça do Jason mexicano. E nosso roteirista, nos dois jogos contra o Tijuana, nos fez ver que nossa zica de perder nos minutos finais – jogos, classificações, títulos – estava extinta.

Semifinais e finais foram capítulos parecidíssimos, com desvantagem de dois gols na ida, vantagem de dois gols na volta,  sempre nos minutos finais, para acabar com o coração de qualquer ser humano. Teve apagão. E pênaltis, amigo! Pênaltis! Contra o NOB, nos livramos da zica dos pênaltis, em que sempre éramos desclassificados. E, porque não dizer, das semifinais, onde tantas vezes caímos no Brasileiro e das quais nunca passamos na Copa do Brasil. Outra zica histórica expurgada.

Na final, tivemos a ajuda do Sobrenatural de Almeida, que corrigiu a teimosia de Cuca, deu um cartão vermelho pro Richarlyson e colocou Junior Cesar na lateral esquerda, além de ter se unido a um exército de atleticanos já desencarnados para puxar o pé do atacante paraguaio naquele lance inesquecível. E, pra ficar perfeito, vivemos também  a redenção maior: pênaltis, no Mineirão, no mesmo gol onde, em 1978, o Galo conseguiu errar mais cobranças do que o São Paulo e perder o título do Brasileiro de 1977. Era o que faltava, não falta mais. O roteiro que decretou o fim de todas as zicas estava completo.

O mundial? um detalhe para mostrar que, mesmo sem zica, o time precisa jogar bola, e esquadrão nenhum do mundo está imune a atitudes equivocadas como foi a do Cuca, abandonando o barco antes da hora.

Ah, é mesmo, voltemos ao Riascos. E aquele dia, no Horto, depois que o Riascos partiu para a bola? Onde você estava? O que sentiu? O que fez?

Eu estava lá, olhando sem querer olhar, quase na linha da pequena área daquele gol que o Victor defendia. Lembro de, nos segundos que antecederam a cobrança, pensar naquela torcida indo embora triste e afastar o pensamento: não, hoje não. A bola marretada pela canhota do Victor veio na minha direção e eu demorei alguns décimos de segundo para entender o que tinha acontecido. Caída a ficha, pulei no pescoço do meu pai, flamenguista que me levou ao Mineirão nas primeiras vezes que vi o Galo jogar. Dei um grito que deve estar ecoando na cabeça dele até hoje. Não foi um grito de Galo, de gol, de “defendeu”, de nada disso, foi só um grito do fundo da alma, coisa meio animal. Se eu tivesse que apostar numa tradução, acho que gritei, na língua dos homens de Neanderthal: sai, Zica! Aqui é Galo, porra!

Feliz Dois Mil e Sempre, Galo. Que você nunca mais deixe de acreditar. Da minha parte, EU ACREDITO!

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SONHAR MAIS UM SONHO (IM)POSSÍVEL

quandoamassafala...Texto escrito pelo atleticano Paulo Henrique Vilela.

Chegou o dia 18 de dezembro de 2013. Esse dia que por muitos e muitos anos existiu apenas, e tão somente, no imaginário de cada torcedor atleticano. Um dia sonhado por milhões de corações alvinegros que teimosamente resistiam a todo e qualquer infortúnio, a toda decepção e/ou derrota sofrida.

O que parecia utopia hoje é a mais pura e verdadeira realidade. Sim, o Galo venceu a Libertadores 2013, retomou o seu espaço de protagonista no futebol Sulamericano e vai retomando sua grandeza mundial adquirida na famosa excursão do “Gelo” de 1950, nos torneios de verão da França e Espanha e nas heroicas vitórias sobre seleções (França, Iugoslávia, Seleção Brasileira…).

Herdar essa paixão alvinegra do meu pai e transferi-la para meu filho foi pra mim questão de princípio, pois nada é mais sagrado e honroso do que ser atleticano. O Atlético é parte primordial da minha vida.

Cresci acompanhando meu pai nas arquibancadas do Mineirão e sempre que meu pai viajava a trabalho, me sentia muito mais próximo a ele quando assistia, ouvia ou vivia o Atlético. Nos momentos mais importantes da minha vida o Atlético sempre se fez presente. No meu casamento, que por sinal foi marcado para um dia 13, como presente surpresa de minha esposa, a Charanga do Galo animou o baile. Meu filho que hoje tem 2 anos e 8 meses nasceu no dia 25 de março, juro que por “coincidência”.

Talvez só o atleticano possa entender o orgulho que sinto ao ver meu time escalado para a Semifinal de um Mundial de Clubes. Saber que às 17:30 hs, do dia 18 dezembro de 2013, Victor, Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva, Lucas Cândido, Pierre, Josué, Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Fernandinho e Jô estarão envergando a camisa alvinegra do Clube Atlético Mineiro é extremamente compensador. Valeu a pena cada momento dedicado a ti, Galo, cada lágrima derramada e cada comemoração adiada.

Ver a movimentação de atleticanos dos quatro cantos do mundo marchando rumo ao Marrocos é emocionante e confortador. Afinal não sou o único a viver essa loucura de sentimento chamado GALO. Não sei se teremos 15, 20 ou 25 mil torcedores em Marrakesh, fato é que vocês nos representam e serão nossas vozes em território Africano. Outros milhões espalhados pelo mundo estarão em pensamento e vibrações positivas alentando o melhor Galo de todos os tempos.

Muito obrigado a esse grupo de jogadores, a essa comissão técnica e a essa diretoria por devolverem o nosso Galo. São apenas 2 jogos que nos separam de nossa maior glória. Vocês já figuram na galeria dos maiores ídolos da história atleticana. Terão a chance de se tornarem imortais em nossas memórias. Lutem por cada bola, vibrem por cada jogada e se entreguem de corpo e alma em busca desse tão sonhado título. Nós acreditamos em vocês, torcemos por você e vivemos pelo Clube atlético Mineiro.

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BARRA DE SÃO FRANCISCO, TERRA DO MEU TIO JOÃO

Barra de São Francisco, terra aonde vivi parte da minha infância. Terra onde, durante muito tempo, visitei todos os anos, mas nunca fui recebido como um visitante, mas sim como um irmão. Ou primo. Ou sobrinho. Sempre fui aceito como um legítimo nativo das terras vermelhas do norte do Espírito Santo.

E em Barra de São Francisco, nas margens do Rio Preto, eu vivi experiências que poucos mortais podem dizer que viveram. Como aquela em que meu tio João pulou no rio depois de uma tempestade e as águas estavam violentas. E eu pulei atrás pra ganhar pontos com ele. Só que o apelido dele era “Peixe” de tanto que nadava bem. E eu não era peixe nenhum. Sequer uma piabinha eu era. E ele teve que pular de volta para me resgatar, porque a coisa ficou feia pro meu lado.

Barra de São Francisco, terra do granito e das pedras preciosas. Terra dos meus amores. Terra de gente que eu amo mais do que eles imaginam.  E nem podem supor, pois sou um cara fechado e não consigo abrir meus sentimentos como outros fazem. E morro de inveja por isso.

O tio João (o peixe) não sabe, mas teve tempo em que ele foi mais do que pai para mim. Principalmente quando meu pai se separou da minha mãe. E meu pai, ao se separar da minha mãe, separou-se também dos filhos. Eu era o mais velho com apenas 15 anos de idade. E gostava muito do meu pai. E, mesmo assim, ele abriu mão de mim. Depois de tantos anos, ainda não consegui entender.  E meus irmãos, muito menos.

E o tio Joãozinho não deixou a peteca cair. Enviava cartas com desenhos do Roy Rogers, do Zorro (da bala de prata) e dos heróis do faroeste da época. Procurava divertir os sobrinhos. Vinha a Belo Horizonte constantemente só para dar apoio. E olha que, naquele tempo, não era mole atravessar mais de 500 quilômetros de estradas quase intransitáveis.  Mas ele dava jeito de vir. Um homem de fibra, exemplo que nunca fui capaz de seguir. Porque não é fácil ser um grande homem. Não é simples ser tão grande quanto é o meu tio.

Até hoje o tio João vive em Barra de São Francisco. Com mais de 70 anos, ele permanece forte como os justos merecem ser. Eu quero morrer antes dele, porque serei incapaz de suportar que ele vá na minha frente.

Barra de São Francisco e meu querido tio Joãozinho se confundem. Na verdade, são a mesma coisa. Terra e gente de caráter.

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A MARCA DA CAL SÓ EXISTE PARA OS OUTROS?

árbitro-do-futebol-23562317Nas últimas 4 partidas do Galo pelo campeonato brasileiro, já são 4 penalidades máximas escandalosas, em sequência, não marcadas pelos juízes.

Afora os penaltis, estamos sendo prejudicados durante o jogo com faltas invertidas e aplicação de critérios diferenciados em relação a disciplina, ou seja, um rigor excessivo com nosso time e uma venda nos olhos para as agressões dos adversários.

Não procuro aqui nenhuma proteção ao Galo. Nós não precisamos disso. O que busco é uma arbitragem correta e honesta.  Pensei que este ano não haveria necessidade da campanha #DEOLHONOAPITO. Mas, pelo andar da carruagem, a coisa pode desandar.  Temos de gritar antes que seja tarde.

Porque está claro que os fracos juízes brasileiros estão afim de ferrar o Galo!

Será por causa da recusa do Alexandre Kalil em tê-los apitando os jogos do Atlético contra o São Paulo na Libertadores?

Ou será que a CBF se sentiu magoada ao ser acusada de “fraca” no episódio Conmebol/Independência/Mineirão na final da Libertas e está mexendo os fios no teatro de bonecos?

Eu não acredito na lisura das pessoas que comandam o futebol brasileiro. Também não acredito na imparcialidade da Rede Globo de Televisão, que manda e desmanda nesta competição.  É a Rede Globo que enfia a mão no bolso e em troca, define as regras não só fora de campo, mas dentro também!

O Brasil é o país da corrupção em todos os setores, sejam lá públicos ou privados.  Então porque eu deveria acreditar que o nosso futebol é puro e ilibado? Não sou tão ingênuo assim.

Para você pensar como eu, basta assistir ao vídeo abaixo.  Verá que os penaltis são tão visíveis que qualquer leigo apontaria a marca de cal.

Porque  então os juízes, cheios de cursos de arbitragem,  não apontaram?

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PEÃO – CAM – PEÃO

[uma releitura da letra de “Construção” de Chico Buarque, à luz da mais importante conquista do Clube Atlético Mineiro, que para mim não foi apenas o título, mas a autoestima de todos nós, os incontáveis “peões”.]

colunadojotaqueirozAcordou, ajoelhou, e fez uma súplica.

Sentia que essa noite seria única.

Subiu, foi trabalhar como se fosse máquina,

Até soar o apito da velha fábrica.

Enquanto a rua transbordava o grande público,

Seguia seu destino em passo lépido.

Vestiu o manto como faz um príncipe,

coração em festa como se fosse sábado.

Dançou alucinado quando ouviu a música,

daquele inigualável hino  mítico,

sem se importar que já o vissem bêbado,

Correu em passo largo e um tanto trôpego.

Comprou o ingresso sem calcular a dívida,

certo de que receberia a justa dádiva.

Aquela noite que sonhara negou ser rápida,

cada minuto tornou-se inclemente látego,

para desaguar, enfim, em momento único:

A bola, a trave e o derradeiro pênalti!

A multidão explodiu em verdadeiro êxtase

Incomparável música: o hino mítico

Todos cantavam em perfeito uníssono

Não lhes havia consciência lúcida.

Felicidade plena contagiou o público:

– Criança em encantado instante lúdico

– Homem extravasando em verdadeira lágrima

– Mulher se encantando com o amado cônjuge

– Até o rapaz abraçou a moça tímida

Roubou-lhe um beijo como se fosse lícito…

Tomaram a rua interrompendo o tráfego

E não a devolverão até findar o século…

O peão voltou no tempo qual se fora mágico

E foi se ver menino numa noite trágica,

na mesma outrora arquibancada úmida

Por incontáveis anos de infinita lástima,

com a faixa sanou-lhe amarga lágrima.

O menino outrora desejou um título,

já não ousava mais um sonho utópico.

Julgando perdida tal pretensão quimérica;

foi Libertado conquistando extensa América.

 

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SEMPRE POR UM TRIZ

colunadaanacris1Quando meu telefone apitou anunciando que a venda dos ingressos para a final da Libertadores seria na manhã seguinte, eu havia acabado de chegar a Belo Horizonte. Então no sábado, depois de um dia inteiro na fila gritando Gaaaaalo e conversando com aqueles tantos atleticanos, meus melhores amigos das últimas 7 horas, tive certeza de que eu não era a única a acreditar de verdade que sairíamos campeões. A boa expectativa era geral.

Cada um dos quatro dias seguintes pareceram ter sido feitos de quarenta anos. E, agora que tinha chegado o dia, eu não tinha certeza se estava pronta. Mas firmei o corpo, ergui os olhos e me convenci de que enfim tinha chegado a hora de ser campeã.

Na porta do Mineirão, durante toda a tarde e início de noite, milhares de pessoas cantavam o hino do Atlético, em ritmo de festa. Parecia que nós é que tínhamos a vantagem dos dois gols. Que torcida corajosa!

Encontrei um monte de gente conhecida, abracei, cantei, pulei, entrei, sentei. O primeiro tempo de jogo foi amarrado e, de tanto nervosismo, comecei a passar mal do estômago. Ainda não tinha pensado que fosse real a hipótese de não fazermos dois gols. Durante o dia, havia encontrado um olimpista que carregava uma taça de isopor e lhe disse, com muita convicção, que eu sabia que ganharíamos o jogo. A única dúvida era por qual diferença. E agora o gol não vinha. E agora me faltava ar.

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Foi do banheiro que tomei conhecimento do primeiro gol. Senti as paredes do Mineirão tremendo e um barulho ensurdecedor. Se não fosse terremoto, era gol. Era gol! Nenhum remédio no mundo seria capaz de melhorar meu estômago em cinco segundos como aquele chute do Jô. Lavei o rosto e senti as pernas falharem. Ajoelhei-me no chão do banheiro e, com as mãos abertas em cruz, sozinha, senti a falta de um abraço atleticano.

Quis abraçar minha irmã. Aquela que me levou ao primeiro jogo do Galo quando eu tinha dez anos. Ela, que dividiu comigo tantas alegrias, mas também tantas batalhas perdidas, estava agora em uma fazenda, sem telefone, sem televisão, sem internet. Uma família de atleticanos a convidou para assistir à final com eles. Porém, antes do jogo, seus três filhinhos caíram no sono e começou a chover muito. Não havia como sair.

Então ela se lembrou de que em algum armário de algum quarto daquele casarão havia uma televisãozinha preto e branca, com tela de seis polegadas. Era um aparelho muito antigo, mas, sendo do Paraguai, devia estar interessado em ver o jogo também. Televisão ligou, mas não sintonizou. Minha irmã prendeu um chumaço de bombril na antena e voilá! Começou o jogo. E, tudo o que vimos em cores, ela viu no preto e branco do nosso mundo atleticano.

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Estávamos separadas, mas sofríamos do mesmo jeito com aqueles quase gols o tempo todo. Sempre associei os quases do Galo àquele verso do Chico que diz que “para sempre é sempre por um triz”. E é assim que continua a ser.

Foi por um triz que empatamos o jogo de ida contra o Tijuana, nas quartas de final, com aquele gol do Luan. Foi por um triz que a perna esquerda do Victor defendeu o pênalti de Riascos no jogo de volta. Na semifinal, foi por um triz que o zagueiro do Newels’ Old Boys errou o corte e a bola foi parar nos pés do Guilherme. Alguns minutos antes, um tiro do Guilherme não tinha entrado, por um triz. E agora a bola passou bem pertinho da trave, só que do lado de dentro. Por um triz. Na final, o gol do Olímpia também não saiu por pouco: um escorregão improvável de Ferreyra, após driblar nosso goleiro. E aquela bola no finalzinho do segundo tempo, cabeceada por Leonardo Silva, entrou preguiçosa, quase querendo não entrar. Foi por muito pouco.

Dois a zero para nós. Nos trinta minutos de prorrogação, as traves estavam mais teimosas do que criancinha que não quer comer. Eram chutes sem fim, mas o gol fechou a boca. Não deixava entrar nada, talvez porque soubesse que era dia de voltarmos a 05 de março de 1978 e curarmos aquela ferida aberta no peito de todo atleticano, mesmo os que não eram nascidos. Decisão por pênaltis. A perda daquele título nacional foi por um triz.

Mas agora havia de ser diferente, curador. Naquele último pênalti cobrado pelo Olímpia, a bola que bateu no travessão transformou, por um triz, nossa história para sempre.

anaeirmaO Mineirão explodiu e só depois é que fui saber que minha irmã tinha estado sozinha, com aquela alegria toda que não cabia no peito, sem ter com quem dividir. Lembro-me de todas as vezes em que, juntas, nós quase, quase, quase ganhamos tudo, e agora ela estava longe da festa. Penso que, assim como eu, foi por pouco que ela não morreu. E, se existem atleticanos vivos no mundo, aos milhões, pergunte a cada um deles como é que ainda estão vivos. Todos dirão que o coração quase parou de bater para sempre. Foi por um triz.

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O GALO PRECISA CANTAR PARA O PRÓPRIO GALO ACORDAR

colunadoleogattoniA Libertadores já é nossa e ninguém mais tira. Somos CAMpeões. O que era um sonho antigo agora é realidade. Mas já são mais de duas semanas que conquistamos esse sonho. Então é hora de acordar, trabalhar duro e com foco nos objetivos, para que outros sonhos tornem-se realidade.

Digo isso porque desde a conquista na Libertadores, no último dia 25 – e ainda bem que foi depois da meia-noite, porque senão seríamos CAMpeões no #DiaDeMaria – o time do Galo simplesmente esqueceu de como jogar futebol. Os resultados estão aí: três derrotas consecutivas, com nove gols sofridos e apenas dois marcados. A hora de acordar já passou!

Não é com o futebol apresentado nos últimos três jogos que o Galo, ainda que priorizando a Copa do Brasil (como disse o Cuca), vai sequer conseguir se manter na Série A em 2014. E toda derrota após uma conquista expressiva, como foi a Libertadores, só reduz a expressão da mesma. Já devem estar falando por aí: “Ganharam porque os times desse ano era umas babas… aqui no Brasil o nível é muito superior!”.

Priorizando ou não a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro é um torneio importante e que não conquistamos desde 1971. Ano passado batemos na trave. Dos chamados “grandes” clubes do futebol brasileiro, o Galo é quem está a mais tempo na “fila”. Então o bicampeonato brasileiro é um sonho de todo atleticano. E esse sonho só se tornará realidade se o time inteiro acordar, do terceiro goleiro, Lee, ao Presidente Alexandre Kalil, passando por todos os jogadores, comissão técnica e diretoria. Esse estado de “ressaca” tem de acabar agora.

O time tem de voltar a jogar o futebol empolgante que jogou na Libertadores, com garra, vontade, “sangue nos olhos”, acreditando em todas as bolas. Os jogadores mais experientes do elenco têm de chamar pra si a responsabilidade, orientar os mais jovens, e sobretudo participar com mais eficácia nas partidas. Alguém tem de avisar aos jogadores que transferência a essa altura, só para quem está sem contrato: a janela internacional de transferências já se encerrou! Então é jogar aqui mesmo, se destacar e aparecer para o mercado internacional, já que o Galo virou vitrine: o Mundial de Clubes da FIFA é em dezembro, logo ali no Marrocos.

A comissão técnica _ e aí eu falo praticamente só do Cuca _ tem de trabalhar com mais afinco. Sabemos que o elenco está “enxuto”, precisando de atletas em quase todas as posições, e que as contratações serão mais difíceis, mas o Cuca tem de saber aproveitar melhor as características de seus jogadores. Não adianta escalar um jogador com determinadas características numa posição que não é a dele e querer que ele faça milagres. Cada jogador tem de atuar na sua posição, sempre que possível, pois existem situações, como a de ontem, em que o time esteve “remendado” em campo.

A variação do esquema tático tem de acontecer também, para evitar a previsibilidade, já que a grande parte dos treinadores brasileiros tem o hábito de estudar o adversário. Cuca tem crédito, mas não pode sentar no alto da pilha de elogios que recebeu nos últimos dias e ficar por lá, senão num momento de falta de atenção vai cair. E mais uma coisa: Cuca tem de motivar os seus comandados, e não o contrário. Copa do Brasil é um objetivo e o Campeonato Brasileiro também! Motivação vem de cima pra baixo. No exército existe um ditado para isso: “A tropa é o espelho do comandante!”.

A diretoria, no meu ponto de vista, pecou mais que todo mundo, pois não contratou bem no início da temporada e ainda dispensou atletas insatisfeitos com a reserva. Durante o Campeonato Mineiro e a própria Copa Libertadores não trouxe praticamente ninguém, e agora que as transferências do exterior estão praticamente impossíveis é que eles acordaram. As contratações tem de acontecer, devem acontecer, e não apenas para “compor” ou “qualificar” o elenco: precisamos de jogadores que cheguem para disputar posição, para fazer “sombra” nos nossos titulares. A distância entre a qualidade técnica dos titulares e seus reservas é um abismo!

A Massa vem fazendo a sua parte, apoiando o time, independente de quem está jogando. Mas quem conhece futebol sabe que a torcida é movida pela paixão e não pela razão. Sabe também que a paciência da torcida é curta, e que bastam alguns mal resultados – ainda que com o time jogando bem – que os “cornetas” aparecem sem a menor cerimônia.

Como disse anteriormente, tá na hora de acordar do sonho, antes que este se transforme em pesadelo. Acorda Galo! Acorda Cuca! Acorda Kalil! Vamos atrás dos novos e antigos sonhos! Estamos em 2000eGalo e ninguém vai nos segurar!

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COM A PALAVRA, JONES GUERRA AGRADECE

colunadoGuerraO meu agradecimento vai para a Fox Sports, canal detentor das transmissões da Copa Libertadores de 2013. Não sou de ficar babando ovo de imprensa, mas esta empresa merece um MUITO OBRIGADO de um atleticano das antigas.

A Fox Sports abraçou o GALO desde o inicio e a maioria dos seus integrantes não colocou o GALO em segundo plano. Claro que quando os clubes de Rio e São Paulo ainda disputavam o torneio, eles dividiam suas atenções para todos. Mas não vi, em nenhum momento, alguma gozação ou critica maldosa, mesmo tendo, na equipe da Fox, jornalistas que torcem para outros times.

A Fox, através dos programas Fox Rádio e o De Primeira, além dos jogos, ficaram sempre ao lado do GALO. É só ver a quantidade de VTs que eles passaram, além de vários vídeos e chamadas deles. Obviamente que havia o interesse comercial, mas mostravam que também acreditavam e incentivavam nas oitavas e até a final da Libertadores.

Já xinguei e muito, critiquei e zoei demais a imprensa, mas nunca, NUNCA mesmo na minha vida vi uma emissora jogar junto com o GALO. Com o abraço que a Fox Sport deu no GALO, outras emissoras como Globo, Sportv e Band, para não ficarem pra trás e perder pontos no Ibope, foram obrigadas a acompanhar. E a Fox Sports até hoje permanece com VTs, programas e chamadas para a campanha do GALO.

Obrigado, FOX SPORTS. Ganharam meu reconhecimento e um espectador até que pisem na bola! Não sei o nome da turma, mas parabéns a todos. Críticas nós do Atlético aceitamos, ou seja, nós mesmos somos críticos ferrenhos do GALO, mas não aceitamos nada que nos prejudique em um jogo ou o nosso CLUBE.

A maioria da imprensa acha que somos bobos e inocentes! ESTAMOS DE OLHO.

Lembro aos amigos atleticanos: nós estamos classificados para a Libertadores de 2014, Recopa e Mundial. Estamos prontos para disputar bem o Brasileirão e a Copa do Brasil. EU ACREDITO.

Um abraço de Jones Guerra.

COISA DOS MORTOS

Texto escrito por Luiz Sérgio Grossi.

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Depois de tudo o que enfrentamos até o combate final, era mais do que previsível que filmes antigos passassem diante de nossos olhos na última quarta-feira.

Deixei de acreditar em superstições e mandingas há algum tempo mas, ainda assim, confesso que durante essa Libertadores, algumas superstições voltaram a me atormentar (como acreditar que a camisa do Galo usada em todos os jogos da primeira fase tinha efeito no desempenho do time).

Felizmente, algumas derrotas dentro da própria competição me trouxeram de volta à realidade e me permitiram ter a honra de a camisa usada durante o último jogo ser escolhida, aleatoriamente, dentre as minhas muitas camisas alvinegras, pela minha filhota de 2 anos.

Enfim, quero dizer que o que aconteceu de quarta para quinta no mineirão, em minha humilde opinião, não foi coisa de Deus. Acredito, também há algum tempo, que Deus não deve se envolver nesse tipo de coisa. Caso contrário, estaria sempre fazendo uma escolha por frustrar grandes grupos de torcedores. E assim sendo, Deus seria um anti-atleticano ao longo de todos esses anos, o que é um pensamento ridículo.

Prefiro acreditar que Deus não se envolve nesse tipo de parada.

Para mim, o que aconteceu lá foi coisa dos mortos! Dos vários atleticanos que já se foram e que lá estiveram na quarta à noite.

Aquele lance capital que sempre nos eliminou ou nos tirou o título, aconteceu. Mas era tanta gente acreditando e evocando os mortos que eles foram lá e deram uma rasteira no Ferreyra, logo que ele driblou o Victor. Eu tinha chamado pelo Zezé (meu pai e responsável por todo esse amor que tenho pelo Glorioso e que nos deixou há 2 anos) dois minutos antes (Zezé, desce daí! Tá difícil e o time tá precisando de você!).

E ele veio! E certamente não veio sozinho pois conversei com alguns amigos ontem que me disseram ter também evocado os seus pais, já falecidos, em vários momentos da partida. Certamente o Ferreyra foi derrubado por mais de um atleticano invisível. Seria muita pretensão acreditar só no Zezé. Mas isso não foi obra de espírito atleticano fraco não! Depois dessa “rasteira coletiva do além”, eu e todos tivemos certeza de que era nosso, e o gol iria sair, como saiu! O resto é HISTÓRIA! Já foi escrita!

E nos aguardem, bibas de Munique! Estamos chegando! Chegou a hora da massa amarela de Dortmund retribuir nossa torcida!

A DESCOBERTA DO TESOURO ATLETICANO NA CONQUISTA DA LIBERTADORES

Texto escrito por Bruno Oliveira.

quandoamassafala...

O que o atleticano viveu na quarta-feira, com a conquista da Copa Libertadores da América, foi mágico. Algo que se sente poucas vezes na vida ou que muitos, mesmo ao conquistar a Libertadores, nunca terão a oportunidade de vivenciar. Uma singularidade que desarranja toda a normalidade e joga o nosso ser num abismo. Experiência tão sublime que nos abre para uma realidade mítica e nos desperta para aquilo que há fora de nós, um outro.

Se uma Madeleine produziu no narrador de Proust a doce lembrança de uma memória involuntária, algo que se apresenta sem ser chamado, mas, por isto mesmo, sempre presente, a taça da Libertadores da América, quando erguida pelo capitão Réver, evocou no atleticano uma experiência parecida. Se em Proust o que se reviveu foi a infância passada em Combray, na quarta-feira foi a rememoração e a celebração, não do título em si – importante, pois recolocou, de fato e de direito, o Atlético entre os grandes da América – mas de uma sombra que sempre acompanha o atleticano e, em razão desta qualidade, pouco notada. Não porque é desconhecida ou desvalorizada, mas, por ser muito cara ao atleticano, ela é preservada como um tesouro esquecido para que ninguém possa encontrar, ou melhor, um tesouro que só se revelaria quando a memória involuntária do atleticano fosse despertada.

Este tesouro estava tão bem guardado que ele é a chave para responder ao inquietante desconcerto do repórter do Impedimento, que veio cobrir a final da Copa Libertadores em BH, ao constatar que “jamais havia presenciado uma festa de título que se estendesse por todo o dia seguinte” http://impedimento.org/de-virote-mas-ainda-precisando-acordar/

O tesouro do atleticano, a sua sombra, não é outro senão a memória coletiva alvinegra. Sem cair em qualquer análise antropológica ou psicológica do homo atleticanus, porém, com um toque de metafísica, o que o acompanha é a lembrança de um rosto. Não qualquer rosto, mas um rosto singular, o rosto do pai, da mãe, avô, avó, tio, tia e amigos que foram fundamentais na construção do nosso amor pelo Atlético. Uma das singularidades deste rosto é o fato de já ter sido tocado pela morte, de estar onde já não há de lutar para estar.

O fanatismo e a paixão atleticana surgem deste rosto singular, um rosto que tem nome, é verdade, mas que é capaz de encontrar outros rostos e dar molde a uma memória coletiva, um todo. O rosto do pai do presidente Alexandre Kalil, quando este – após o fim do jogo, num momento catártico, característica da essência do ser atleticano – afirmou a repórteres ter sido o finado Elias Kalil que nos havia dado a Libertadores, é também o rosto da minha avó, torcedora fanática, que me presenteava, nos meus aniversários, com idas à capital para ver o Galo. Foram eles, os nossos mortos atleticanos, que nos deram não apenas o título da Libertadores, mas também romperam o silêncio para resgatar a nossa vida e nos lembrar: “estamos aqui e sempre estaremos ao lado de vocês, somos as sombras, nós acreditamos Atlético.”

A força do “Eu acredito”, mantra entoada pela Massa atleticana, que ainda ecoa no Mineirão, mesmo três dias após terminado o jogo, vem deles. Por isso, amigo repórter do Impedimento, a comemoração do despertar causado pelo título só começou, pois a celebração da nossa memória coletiva, o nosso tesouro, será para sempre.

Abraços, Bruno Oliveira.

MISTÉRIOS E ENCANTOS DA TORCIDA MAIS LINDA!

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São na arquibancada alvinegra que se desenrolam os lances mais gloriosos e emocionantes de uma partida de futebol.

Cada coração pulsa nervosa e apaixonadamente. Cada atleticano corre para receber o lançamento de Ronaldinho Gaucho, pula para cabecear aquela bola alçada na área, se desloca na diagonal para cobrir o lateral e voa junto com o Victor para operar mais um milagre. Tudo isso num espaço que mal cabe o seu próprio corpo. Mas não é o corpo, é a alma que se desloca aqui e ali!

Como não emocionar-se vendo imagens de um garotinho de 6, 7 ou 8 anos com o semblante contraído e lágrimas deslizando pelo rosto sabendo, de antemão, que ele nunca viu o Galo campeão brasileiro?

Como não enternecer-se quando um atleticano se destaca com os olhos fechados, contrito, terço entre as mãos erguidas para o céu e cantando, a plenos pulmões, o hino do Atlético?

Como não comover-se quando se nota o avô, o filho e o neto abraçados, comemorando um gol? Será este o segredo do inesgotável crescimento de uma torcida que não coloca a faixa no peito há tanto tempo? Um amor tão grandioso e latente que é transmitido, por si só, aos descendentes? Um vírus do bem que contagia de paixão e persiste de geração em geração?

E as mulheres vestidas com o manto na arquibancada… são as mais lindas do mundo! As expressões faciais que emanam de uma atleticana na cadência dos cânticos alvinegros e no compasso da batalha travada em campo a fazem mais bela que as mais belas de Hollywood. Como são lindas, meu Deus!

Por entre minhas próprias lágrimas de alegria e gratidão a esse esquadrão de honra que nos representa dentro das quatro linhas, pude ver isso e muito mais. Vi a Massa febril, vibrante e principal cúmplice de uma vitória apoteótica. Com a sua energia incansável, literalmente entrou em campo e disputou cada bola dividida. Não foi com o pé, foi com o coração!

Com uma torcida como essa, o Galo não joga com 12. Joga com 22. Duplica em campo.

Para obter-se a definição exata da Massa alvinegra, há que aprofundar-se em estudos da alma humana. Existem perguntas demais sem respostas. Porém, pensando bem, talvez resida aí o maior encanto da torcida mais encantadora do mundo. Melhor deixar no ar os seus mistérios.

Chico Pinheiro tem razão. Não torcemos por um clube de futebol. Somos atleticanos!! Há uma sutil diferença.

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FINAL SERÁ NO INDEPA OU NO MINEIRÃO? DR. JARBAS RESPONDE.

JarbasO dr. Jarbas Lacerda sempre surge naqueles momentos em que o nosso conhecimento não é suficiente para entender com clareza o que se passa. Neste caso, ele estudou profundamente o regulamento que norteia a Copa Libertadores da América e indica em qual estádio será a final em Belo Horizonte.

Vamos ao que ele disse no twitter:

O Galo vai jogar a final no Independência ou no Mineirão? Bom, analisando-se o regulamento da competição, temos algumas conclusões: sigam:

1 – O art. 9º do regulamento prevê que a aprovação do Estádio para as partidas depende de dois requisitos: condições de jogo e capacidade.

2 – A condição de jogo é o item mais importante considerado pela Conmebol. Porque? Mesmo havendo capacidade, não há jogo sem condições de segurança.

3 – Todos os estádios indicados pelos clubes dependem de prévia aprovação pela Conmebol. Os dois estádios indicados pelo Atlético (Mineirão e Indepa) estão aprovados pela Conmebol para os jogos da Libertadores.

4 – O item 9.2 prevê que nenhuma partida pode se realizar em local que não tenha capacidade para 10.000 torcedores, além de condições de jogo (padrão FIFA).

5 – O item 9.4 do regulamento é claro em exigir capacidade mínima de 40.000 lugares para jogos finais, segundo inspeção feita pela Conmebol.

6 – O item 9.11 confere a possibilidade de veto a estádio que não reúna condições de conforto e segurança, mas não veda capacidade inferior.

7 – Conclusão: a) o Indepa está aprovado pela CONMEBOL em relação ao requisito principal, condições de conforto e segurança; b) não atende ao mínimo de capacidade, mas este requisito pode ser flexibilizado pela Comissão Técnica da CONMEBOL. Há possibilidade de se jogar a final do Indepa? Sim, mas isto é decisão exclusiva da Comissão Técnica da Conmebol.

Afinal, onde será a final?

Creio que a CONMEBOL não vai aprovar a final no Indepa por termos em Minas outro estádio em totais condições em relação aos dois requisitos exigidos: a) condições de conforto e segurança e b) capacidade de público.

Portanto, preparem-se para assistir a final do Libertadores 2013 direto do Estádio Governador Magalhães Pinto, o MinasArenão! É lá que vai ser. Abraços.

Para seguir o dr. Jarbas Lacerda no twitter, clique aqui

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SEM NEGOCIAR NADA, VAMOS PRA CIMA!

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Faltam poucas horas para o início do jogo mais importante de toda a história do Clube Atlético Mineiro. Uma partida que pode nos levar à uma inédita final de Libertadores ou nos eliminar com uma campanha fenomenal.

Eu não acredito em eliminação. Eu creio na classificação assim como, desde os sete anos de idade, quando minha família veio de Barra de São Francisco (ES) para enfrentar _ sem conhecer _ os labirintos de uma cidade grande. Acreditamos!

Eu era um garoto caipira que ficava contando os Cadilac’s rabo de peixe que passavam na rua, pois não podia conceber automóveis tão bonitos. Para mim, até então, o veículo mais bacana que havia era a Rural Willys do meu pai.

O mesmo garoto que foi fazer o 1º ano primário no Grupo Escolar Cesário Alvim e se apaixonou pelo Galo antes de ser alfabetizado. Só porque, revoltado com os cascudos que recebia na fila da cantina, desceu o braço num coleguinha cruzeirense metido a besta. Benditos cascudos que me cravaram no coração a certeza de ser alvinegro até a morte. Com muito orgulho, independentemente de vitórias ou derrotas.

Lembro-me como se fosse hoje, quando vi o Galo entrar em campo pela primeira vez tendo à frente o capitão Décio Teixeira. Camisas listradas tradicionais, calções e meiões negros. Arrepiei quando os vi naquele dia e arrepio-me hoje nesta véspera de decisão.

Agora eu chego à mensagem que quero deixar nesta crônica. Naqueles longíquos tempos, tivemos esquadrões poderosos e times ruins. Tivemos equipes vencedoras e algumas outras que perdiam mais do que ganhavam.

Mas a torcida do Galo nunca abandonou time no meio do 1º tempo ou do 2º. As vaias não existiam, pois não tínhamos a coragem de ridicularizar a nossa camisa. Em alguns momentos, o silêncio era o nosso protesto. Mas vaias nunca!

Que a nossa torcida seja o urro que transforme o Atlético num rolo compressor para cima dos argentinos! Os 90 minutos, sem silêncios e sem vaias. Que a arquibancada entre em campo capitaneada por Décio Teixeira, Vantuir, Oldair, Buglê, Réver _ entre outros capitães _ com aquela mesma camisa listrada, calções pretos e meiões brancos que arrepiaram a alma daquele garoto e de milhões mundo afora. E que fizeram adversários tremerem nas calças!

O Newell’s Old Boys não sabe o que o espera. Não haverá negociação!

Nesta quarta-feira, dia 10 de julho de 2013, é dia de comemorar o nosso atleticanismo, é dia de gritar para o mundo que o Galo, pela primeira vez, é finalista da Taça Libertadores da América!

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UM CRUZEIRENSE TENTA INTERDITAR O INDEPENDÊNCIA

Não bastasse o partidarismo sujo que protege muito mais o partido do que o país (ou a cidade), surge agora um vereador cruzeirense que pretende, apenas por rivalidade clubística, interditar o Estádio Independência. Vejam uma foto do vereador ostentando a camisa do rival. Esta foto foi postada nas redes sociais pelo atleticano Bira Marinho, jornalista e apresentador de TV, também indignado com a atitude do “nobre” vereador.

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Este “político” chama-se Professor Wendell (eleito na Pampulha) e pede a interdição porque, diz ele, a BWA, gestora do Estádio, não disponibilizou um espaço comunitário para os moradores locais e nem ofereceu um número maior de vagas de estacionamento. Tais ações fariam parte das condicionantes para o uso do Estádio.

Para respondê-lo, selecionei uma série de tweets do vereador Iran Barbosa, que não concorda com tal ação. Leiam de baixo para cima.

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Os contrapontos do vereador Iran Barbosa são absolutamente realistas, enquanto a tentativa do outro é uma falácia produzida para gerar votos nas próximas eleições e ferir o seu verdadeiro alvo: o Clube Atlético Mineiro. Mas o tiro sairá pela culatra.

Através da internet, o Cristiano Castro, atleticano visceral, já levantou a vida parlamentar do “nobre” vereador, que conseguiu empregar até a própria mãe no gabinete do vereador Dinis Pinheiro! Confiram no twitter do Cristiano Castro. Cliquem aqui

Além do flagrante nepotismo, se omite em votações importantes para o povo e não cuida da Pampulha, bairro que o elegeu. Os feirantes e donos de barracas do Mineirinho se viram sem trabalho após o Novo Mineirão e ninguém ouviu o vereador defender os coitados.

Mas, para tentar interditar o Estádio Independência, o tal do Professor Wendel se mostrou super ágil, de repente. Esse tipo de assunto provoca destaques em jornais e dá publicidade. Mesmo que sob absoluta suspeição.

Um vereador que não merece voto de ninguém. Um cara não confiável nem pelos que moram na Pampulha. É por causa de político oportunista como este que o povo está protestando nas ruas.

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OS PROTESTOS DOS SONHOS MAIS LINDOS

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Sem lideranças e sem a participação de partidos funestos, a revolta contra a inflação e a corrupção brotou na alma do brasileiro e explodiu nas ruas.

O mesmo brasileiro que era tachado pelo mundo de passivo e acomodado acordou, forçado pelos desmandos dos vários governos, inclusive o federal. O grito de BASTA chegou para ficar.

O que está acontecendo hoje no Brasil é um sonho do qual eu não quero acordar. É o típico movimento que vem do coração de cada um e não de comandos partidários. Portanto, não traz o veneno peçonhento do partidarismo doentio que idolatra e protege o partido em detrimento do país.

Nenhum partido representa os brasileiros nas ruas. Em todas as manifestações, as pouquíssimas bandeiras que surgiram foram vaiadas, o que escancarou um claro distanciamento de políticos sem credibilidade. Era como se dissessem: afastem-se de nós, pois vocês mancharão a pureza dos nossos protestos!

O que move essa multidão não é o simples aumento de vinte centavos na passagem de ônibus.

Talvez tenha sido o estopim que acendeu o pavio, mas o pavio e o estopim já estavam lá esperando.

O que revolta e age como um gatilho detonador é saber que a Copa foi superfaturada, é saber que diariamente o erário público é assaltado por políticos safados, é saber que a inflação, que estava dominada, voltou com força por pura incompetência.

Além disso, a impunidade que grassa no Congresso Nacional sob o comando de um corrupto chamado Renan Calheiros. Comprovadamente corrupto!

É o absurdo de saber que um preso por roubo e assassinato ganha mais do que um professor!

Um movimento espontâneo contra TODOS os partidos e não só PT ou PSDB ou qualquer outro. Pois esses partidos não nos representam! O povo não acredita mais neles, já decepcionaram demais. Um governante demora meses para conceder um pequeno reajuste aos professores, mas dobra o próprio salário em 24 horas.

Você, político, que pensa em aproveitar a galera nas ruas para ganhar votos nas próximas eleições, esqueça. Você será pisado como se pisa uma laranja podre.

O que vemos nas ruas é um povo politizado e acima de todos os partidos, embora já apareçam reações de políticos tentando distorcer os fatos e enganar, como sempre fizeram, o povo. Talvez, desta vez, não consigam seu intento.

Talvez o Brasil esteja mesmo mudando para melhor, mas, assim como marido traído, o político profissional deste país será o último a saber.

E talvez seja tarde demais! Utopia? Não, eu ainda acredito que a voz do povo é a voz de Deus.

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A COPA DAS MANIFESTAÇÕES

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Enquanto se inicia o jogo Brasil X Japão, as manifestações contra a corrupção, inflação galopante, desvios de milhões de reais dos cofres públicos à custa de mega-construções feitas para isso mesmo, são reprimidas pela polícia na base de balas de borracha, cassetete e bombas de gás lacrimogêneo.

Em outras palavras, como em qualquer ditadura de republiquetas de araque, o povo oprimido é reprimido na base da porrada.

Hoje em dia, qualquer cidadão que entra em um supermercado e vê o aumento abusivo de preços, sai dali tão revoltado que se dispõe a participar da primeira manifestação que encontrar. Pode ser na primeira esquina.

E olha que a inflação já tinha sido defenestrada de nosso vocabulário há tempos. Mas a incompetência conseguiu a proeza de ressuscitá-la. E não falo apenas do governo do PT que, por ser governo, obviamente tem a maior parcela de culpa.

Falo de todos os governos, de todos os partidos, apodrecidos em seus quadros por ladrões que usam o mandato para encherem os próprios bolsos. E o povo que se lasque!

O mesmo povo que, ao se revoltar, apanha!

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SIGA AS DICAS DO BETO CAETANO PARA VIAGEM SEGURA À ROSÁRIO!

O Beto Caetano, atleticano que reside em Buenos Aires, dá todas as dicas seguras que você necessita para acompanhar o Galo em Rosário, na Argentina.

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Buenos Aires 05/06/2013

                                      Informações Newells x Galo

CAMbada, olha nós aqui de novo, programando mais uma invasão internacional. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todos os blogs e sites que me permitiram passar um pouco mais de informação que venho apurando ao longo desta última semana.

Quero deixar bem claro que eles não possuem qualquer responsabilidade ou estão envolvidos diretamente ou indiretamente com o que estou fazendo. Esclareço isso para que não tenham problemas caso estes possam surgir eventualmente.

Bem, primeiramente, gostaria de falar sobre o roteiro que armei e foi aprovado pelo sr. Sargento Pablo Vincet, responsável pelo operativo em todos os eventos na cidade de Rosário.

O horário de saída será impreterivelmente ao meio dia, o que a concentração deverá acontecer ás 10:30 para listagem e embarque dos passageiros. Aviso que se não estiverem neste horário, teremos de deixar o pessoal e seguiremos rumo a Rosário. Peço que sejam muito responsáveis e que façam como bons mineiros e “cheguem antes dos trem” rsss.

Saímos mais cedo por riscos de atrasos e eventuais problemas na estrada, mas nada para se preocuparem, vamos parar em uma churrascaria na estrada (na cidade de San Nicolás), para uma grande resenha de 3 horas com “Parrilas e Cervezas” e as 18:40 saída para Rosário.

Antes de chegar a Rosário, ainda na estrada, a escolta policial estará esperando exatamente no pedágio de Arroyo Seco, onde reuniremos todos os ônibus e seguiremos por um trajeto especialmente preparado para nossa chegada.

O retorno será feito imediatamente após o jogo, onde todos os torcedores do Galo serão liberados primeiro embarcados e conduzidos até o mesmo ponto pela escolta policial.

Para aqueles que ainda não se inscreveram, segue o link com o formulário para a pré-inscrição: http://bit.ly/15BVvx2

Por isso vamos fazer a festa tranquilos e seguindo todos as indicações da polícia de Rosário.

Informações para Atleticanos que ficarão em Rosário:

CAMbada, para quem for ficar em Rosário, o Sargento Pablo irá armar um operativo de concentração na Praça da Bandeira em Rosário. Eles estarão lá a partir das 17:00 e às 19:00 seria o horário estimado para que saiam em carreata para o Parque Independência Estadio do Newell´s Old boys.

Prestem atenção a todas as informações, vamos fazer uma festa segura e sem problemas como foi feita em Sarandi!

INGRESSOS:

Os benditos ingressos, que história! Cambada, os ingressos ainda não foram confirmados, e infelizmente não tenho como conseguir para todos e muito menos organizar uma mega estrutura para essa invasão, de verdade que eu gostaria, mas não dou conta. Pedi 300 ingressos, que serão diretamente vinculados aos ônibus, os motivos são:

Quem estiver em Rosário, pode ir ao campo e comprar.

Não tenho como entregar, pois como viram no roteiro, chegaremos a Rosário e direto para o campo.

Não tenho como controlar e entregar para tanta gente mesmo com o Kfoury me ajudando.

Os 300 ingressos que eu solicitei, ainda não foram confirmados pelo Clube Newell´s Old Boys, que aguardam uma resposta do Atlético Mineiro com relação a valores para usar o mesmo valor. Serão 3000 entradas disponibilizadas com data ainda a ser definida.

Segundo o diretor Gabriel Rivero, até o princípio da próxima semana teremos estas confirmações.

Estou a qualquer momento para ajudar a todos! Sem problemas e qualquer nova informação vou postando por aqui!

Novamente agradeço a todos pelo apoio e confiança!

Um grande abraço!

#InvasaoAtleticanaParteII

#GaloSempre

Contato através do twitter em: https://twitter.com/betocaetano e https://twitter.com/Kfoury – Sigam-nos.

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MOMENTO ETERNO! OBRIGADO!

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47 minutos do 2º tempo, em pleno Independência, quartas de final da Copa Libertadores da América. Penalti para o Tijuana. O gol decretaria a desclassificação do melhor time do torneio.

Na arquibancada, com o radinho colado ao ouvido, Paulo, cego desde que nasceu, sente o coração parar. E, pelo silêncio nervoso, percebe o desespero que invadiu a nação atleticana. A algazarra frenética de antes se converte em murmúrios agonizantes.

Paulo nunca quis tanto enxergar como agora. Queria ver o rosto do pai, que está ao lado e é o responsável pelo seu atleticanismo. Só sente o braço dele e a mão trêmula apertando seu ombro. Dizem que os cegos não veem a matéria, mas enxergam a  alma. Por isso, Paulo “ouve” as orações de cada alvinegro presente no estádio. Sente a aflição, a angústia do sofrido atleticano, que esperava uma goleada que não aconteceu.

Pelo contrário, aos 47 minutos do segundo tempo, o Galo está com um pé fora das Libertadores. Depois de tanta luta, depois de tanta esperança, o Galo estará, mais uma vez, alijado das grandes conquistas. Oh, meu Deus, não permita isso!

Pelo radinho, Paulo sabe que Riascos, do Tijuana, se prepara para a batida. Não alimenta sonhos. Victor nunca defendeu um penalti com a camisa do Galo. Projeta dar um abraço carinhoso em seu pai, seu protetor, quando o Atlético for eliminado. O velho está sofrendo muito.

Riascos corre para a bola e bate no meio do gol. Victor pula para a direita, mas, com o pé esquerdo, defende o penalti mais importante de toda a história do Clube Atlético Mineiro!!!

O Galo está classificado! O Galo, pela primeira vez, está nas semifinais da Copa Libertadores da América!

Paulo está nas nuvens. Pula, grita, agradece aos céus. Abraçado ao pai, olha o campo _ sem ver _ à procura do herói. Não sabe se Victor é negro ou branco, mas sabe que, negro ou branco, é um dos heróis da nossa história. É um vencedor. E estes não têm cor e nem raça.

Por isso, Paulo grita com a voz embargada e com lágrimas escorrendo pelo rosto: OBRIGADO, VICTOR, MELHOR GOLEIRO DO BRASIL! OBRIGADO POR NOS MANTER GRANDES!

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